Imagem: Natalie Shau

 


“A arte é um potente motor no processo de autoconhecimento. É por meio das produções artísticas que, na Arteterapia, podemos ampliar a nossa consciência sobre nossas emoções, sobre os complexos carregados de afetos, e nosso mundo interior na busca de soluções de conflitos, e também de autorrealização.” 


 

Todo ser tende a realizar o que existe nele em germe, a crescer, a completar-se. Assim é para a semente do vegetal e para o embrião do animal. Assim é para o homem, quanto ao corpo e quanto à psique. Mas no homem, embora o desenvolvimento de suas potencialidades seja impulsionado por forças instintivas inconscientes, adquire caráter peculiar: o homem é capaz de tomar consciência desse desenvolvimento e de influenciá-lo. Precisamente no confronto do inconsciente pelo consciente, no conflito como na colaboração entre ambos é que os diversos componentes da personalidade amadurecem e unem-se numa síntese, na realização de um indivíduo específico e inteiro. Essa confrontação “é o velho jogo do martelo e da bigorna : entre os dois, o homem, como o ferro, é forjado num todo indestrutível, num indivíduo. Isso, em termos toscos, é o que eu entendo por processo de individuação” (Jung). – Nise da Silveira – Jung Vida e obra.

No confronto do inconsciente pela consciência, proposto por Jung, encontramos nossas dores, nossos aspectos sombrios, mas também a criatividade e os potenciais de realização.

O símbolo é a possibilidade de diálogo entre o inconsciente e a consciência, por isso, a arte acompanhou Jung no seu processo de individuação. O recurso da expressão artística foi utilizado por ele tanto para expressar as imagens que surgiam do seu inconsciente quanto para ajudar seus pacientes a entrarem em contato com essas imagens internas, que auxiliam o sujeito a elaborar os conteúdos necessários no processo terapêutico.

A arte é um potente motor no processo de autoconhecimento. É por meio das produções artísticas que, na Arteterapia, podemos ampliar a nossa consciência sobre nossas emoções, sobre os complexos carregados de afetos, e nosso mundo interior na busca de soluções de conflitos, e também de autorrealização.

 

Tati Terres  

 

 

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