“Tornar-se criativo como oposição a persistir no hábito paralisante, em que nada pode ser alterado; mobilidade no lugar de petrificação, que também poderia ser equiparada à resignação.” (Verena Kast)


 

“Para Jung, há um princípio criativo que determina tudo o que existe no mundo. O indivíduo precisa estar conectado a esse princípio, que também atua no físico e no emocional do ser humano. Assim, ele viverá em uma atitude criativa e estará ligado a seus recursos, e suas forças autorreguladoras poderão ser eficazes. Por certo, isso vale não apenas para um processo de individuação induzido por terapia, mas também para a vida de cada indivíduo. (…)

Em seu seminário sobre Zaratustra, Jung diz de maneira incisiva: ‘In creation you are created’. No processo criativo a própria personalidade também é formada. Por isso, segundo ele, é primordial que toda pessoa se conscientize de seu instinto criativo no processo de individuação, instinto entendido como estímulo sem motivação consciente, independentemente de quão marcado ele possa ser.” (Jung e a Psicologia Profunda: Um Guia De Orientação Prática – Verena Kast)

Ele também sugere que o indivíduo que se torna criativo também consegue lidar melhor com as dificuldades da vida “Tornar-se criativo como oposição a persistir no hábito paralisante, em que nada pode ser alterado; mobilidade no lugar de petrificação, que também poderia ser equiparada à resignação.” (V. Kast)

A medida que nos conectamos com a nossa criatividade também acessamos outras possibilidades diante do que consideramos um obstáculo intransponível. Jung foi um dos primeiros a utilizar a arte como recurso expressivo no seu consultório. Não é raro pessoas que procuram a Arteterapia chegarem com grande bloqueio criativo, e a medida que vão entrando em contato com as possibilidades de criação, também experimentam a criatividade em várias áreas da vida.

 

Tati Terres 

 

 

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