Pintura de Joseph Lorusso

 


“o amor ao próximo não pode ser desconectado do exercício do amor próprio, pois sem ele a dedicação ao outro pode mascarar carências que tendem a desembocar num processo de auto abandono” (BERNARDO, 2009b)


 

Não chegamos a um altruísmo autêntico sem o exercício do amor próprio. Se negligenciamos nossas necessidades, nos doamos pouco ou quase nada para nos nutrirmos do nosso amor, certamente damos ao outro parte da nossa carência e desejo de amor.

Como você tem se relacionado com você mesmo? Você se inclui na sua lista de importância? Ou tem a crença que se o fizer estará sendo egoísta e os outros não irão gostar de você por isso?

O egoísmo está ligado a ilusão da separatividade. Quando colocamos nossos desejos acima do bem coletivo; quando todas as nossas ações têm como propósito o benefício próprio, independente de quem afetará.

Amor próprio é a consciência da totalidade. Só podemos evoluir se caminharmos juntos como humanidade. Nossas ações passam a ter um propósito coletivo e isso nos inclui.

Embora isso pareça muito óbvio, não é raro que nossos discursos de amor, e nossas ações estejam pautadas no desejo de amor e aceitação do outro, quando nem mesmo conseguimos nos amar e nos aceitar com integridade.

Uma ação aparentemente nobre pode esconder um vazio muito primitivo e todas as distorções do que consideramos ser amor.

Dedique um tempo para o exercício do amor próprio. O que você pode dar a si mesma com todo o seu amor? O que faz seu coração vibrar com sentido e amor?

Quando estiver com o coração transbordando de amor deixe que ele flua para as suas relações com um senso de equilíbrio e conexão com a totalidade.

 

Tati Terres

 

 

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