“As condições culturais mais destrutivas para o nascimento e a vida de uma mulher são aquelas que insistem em obediência sem consulta à própria alma, aquelas sem carinhosos rituais de absolvição, aquelas que forçam a mulher a escolher entre a alma e a sociedade, aquelas nas quais a compaixão é segregada pelas classes econômicas ou por sistemas de castas, em que o corpo é visto como algo que precisa ser ‘purificado’ ou como um santuário a ser regulamentado por decreto, nas quais o novo, o incomum ou o diferente não geram prazer, nas quais a curiosidade e a criatividade são punidas e censuradas em vez de recompensadas …” (Clarissa Pinkola Estés) .


 

A supressão do desejo da alma faz de nós tanto tristes quanto obedientes aos distorcidos padrões “normóticos” de uma sociedade. O fogo criativo – inerente a todo ser humano – se reduz ao suspiro de uma fagulha que deseja se acender novamente. .    

Você consegue olhar para si mesmo com acolhimento e respeito? Ou a autocrítica e a censura prevalecem nos seus pensamentos? 

Nada é mais belo e humano do que aceitar-se INTEGRALMENTE. Com todas as potencialidades e desafios, defeitos e qualidades que o nosso ser manifesta no processo de desenvolvimento. Quando escutamos a nossa alma, nosso fogo criativo se acende e se transforma nas mais diversas cores e formas.  

Aceitar-se pode ser o cessar das vozes internas que nos dizem que não está bem ser como somos, vozes internalizadas por vivências individuais ou por apreensão cultural de uma sociedade em desequilíbrio com a própria natureza.    

Aceitar-se pode ser o primeiro grande passo para a cura e transformação pessoal.    

 

Tati Terres

 

 

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