Imagem: Pinterest

 


Que escolhas de experiências posso fazer quando minha consciência se amplia ao reconhecer um contrato?


 

“Um contrato é uma modalidade relacional que a pessoa estabelece entre si mesma e as pessoas ou situações de sua história por meio da qual ela pode sentir uma fidelidade a si mesma ou a essas outras pessoas. Alguns contratos tendem a se tornar rígidos e, assim, não permitem mais a adaptação a novas situações – nós os chamamos de contratos estáticos, em oposição aos contratos dinâmicos. Por exemplo, um bebê que não teve uma mãe suficientemente disponível para cuidar dele, para lhe dar confiança na vida, vai estabelecer progressivamente o seguinte contrato, baseado na experiência de abandono: ‘minha mãe nunca está aqui para mim’. Na vida adulta, esse contrato poderá colocá-lo, por exemplo, em uma posição de desconfiança baseada na seguinte crença: ‘os outros não estão aqui para mim’. Os contratos se apresentam como crenças pessoais, familiares, sociais, os mitos e as crenças políticas, religiosas e culturais que herdamos e que organizam nossa visão de mundo. Ao longo do processo terapêutico, o paciente se conscientizará dos contratos estáticos que bloqueiam e o impedem de evoluir. Será que ele poderá encontrar outras dinâmicas? Arriscará fazer a mudança?” (Anne Fraisse e Marc Tocquet)

Quando tornamos consciente os contratos que estruturam a nossa vida, desde a mais tenra idade, abre-se outras vias possíveis de relacionar-se com o mundo, com o outro. Que escolhas de experiências posso fazer quando minha consciência se amplia ao reconhecer um contrato?

Em Arteterapia, podemos trabalhar nossos contratos inconscientes através das técnicas e recursos expressivos. A via de acesso ao inconsciente é a arte. As imagens e símbolos que surgem durante o processo arteterapêutico são a linguagem que vai revelando os conteúdos que precisam ser confrontados. A conexão com a dimensão simbólica nos dá a possibilidade de elaborar a nossa história, entrando em contato com as imagens arquetípicas da boa mãe e do bom pai que são estruturantes para o desenvolvimento saudável.

 

Tati Terres 

 

 

2 respostas

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *