Imagem: Mark Henson

 


“Se a disposição para a guerra é uma decorrência da pulsão de destruição, então será natural recorrer, contra ela, ao antagonismo dessa pulsão, a Eros. Tudo o que produz laços emocionais entre as pessoas tem efeito contrário à guerra. (…) Tudo que promove a evolução cultural também trabalha contra a guerra”. (Sigmund Freud – “Por que a guerra?” – Carta a Einstein 1932)


 

A função social da arte vai além do simples entretenimento ou função estética, pois a arte sempre foi um recurso humano para a expressão da alma. Ela nos conecta com nossa dimensão sagrada, com as verdades e os mistérios do nosso universo interior.

O boicote à arte e a cultura serve ao propósito de governos repressores, onde cria-se o cenário propício para a manifestação da pulsão de destruição, elegendo a separatividade como mantra pra conduzir as massas, levando as pessoas para longe de Eros, o antagonismo da pulsão de destruição, proposto for Freud como recurso para conduzir o ser humano aos laços emocionais, e portanto contrário a guerra, ao preconceito, ao ódio.

Em 1984, o escritor George Orwell nos narra a história de um sistema bizarro, onde o ministério da verdade era responsável por alterar os registros históricos, de acordo com os interesses do governo, muio semelhante as fakes News disseminadas no contexto atual, o ministério do Amor era responsável por instigar o ódio ao inimigo e a torturar aqueles que se opuseram ao sistema. Os guetos eram controlados com a falta de cultura.

Não é mero acaso que a arte e a cultura sejam atacadas sempre que haja interesse dos governantes em manipular as massas. Pois a arte serve a exploração do indivíduo em busca das próprias verdades, ela denuncia e acha meios de expressar-se mesmo que a censura tente coibir a verdade.

A arte vai na via contrária à guerra, uma vez que ela leva o indivíduo aos questionamentos profundos sobre a existência, trazendo a consciência da unicidade, do todo que nos conecta, sendo então nossa evolução um caminho em direção ao altruísmo, ao respeito, e ao amor.

Tati Terres

 


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